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Arquitetos: Ricardo Azevedo Arquitecto
- Área: 375 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Ivo Tavares Studio

Descrição enviada pela equipe de projeto. A construção permanecia no tempo e no espaço há muito e foi encontrada em processo de perda, ora de ocupação, ora de qualidade e segurança estrutural progressiva.

O futuro habitante, então simples aspirante, há muito procurava construção antiga, central na sua localização, única no seu ambiente envolvente urbano.

O encontro da construção e futuro habitante foi um feliz acaso que fez fervilhar a vontade e a ideia inicial. Depois, o projeto e a obra. Por fim, a ocupação e a permanência definitiva.

O futuro habitante (ainda na sua qualidade de aspirante) queria habitar uma construção antiga, mas não abdicava de laivos de modernidade e contemporaneidade estética. E acrescentava programa habitacional exigente, mas livre de modo de habitar tradicional e conservador.

De gosto renovado e culto, confiou no arquitecto identificado, solicitando intervenção coerente com o que perspectivava, depositando nas suas mãos e criatividade o melhor desenho e solução possível. E, já agora ("eterna" expressão presente nas operações de reabilitação!), a maior contenção de custos possível evidente!

Esta terá sido a maior dificuldade do projecto: casar as finanças com a criatividade e o património em presença valiosa. Quanto ao resto, tudo se resume de forma feliz à reciprocidade, ao desafio, ao prazer e ao desenho do arquitecto no seu resultado feito satisfação plena dos seus (agora) prometidos habitantes...

A inspiração foi oferecida pelo sítio; o desafio imposto pelo promotor; a singularidade pelo desenho próprio dos vãos de iluminação, materiais e relação interior | exterior harmoniosa; a diferenciação pela exclusividade no tratamento da luz e da funcionalidade espacial; o conforto pelo bom gosto e coerência de todos aqueles que participaram no processo. No final, satisfação plena feita sorriso aberto daquele que desenhou e criou, feita conforto e bem-estar daquele que habita o edifício e já não se imagina ser possível morar noutro sítio qualquer...































